Ladainha- Cântico que é entoado na Roda de Capoeira, tradicionalmente na capoeira Angola, que, seguido a tradição, deve ser cantada por um Mestre - o mais velho e/ou mais considerado -, ou, com a autorização do Mestre da Roda , por um dos Capoeiristas que vão "fazer um jogo", ao "pé do Berimbau". As Ladainhas trazem em seu bojo a história da Capoeira e de seus grandes personagens , concepções de mundo, orientações a algum aprendiz etc. Segundo os "Velhos Mestres" da Bahia, enquanto a Ladainha está sendo cantada, não se realiza nenhum "jogo físico", é necessário aproveitar o momento para dedicar-se à concentração máxima, tendo em vista o correto entendimento da(s) mensagem(ns) que nela está(estão) contida(s).


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dona Isabel

Dona Isabel

Dona Isabel que história é essa de ter feito abolição
De ser princesa boazinha que libertou a escravidão
To cansado de conversa, to cansado de ilusão
Abolição se fez com sangue que inundava este país
Que o negro transformou em luta cansado de ser infeliz
Abolição se fez bem antes e ainda há por se fazer agora
Com a verdade da favela e não com a mentira da escola
dona Isabel chegou a hora de se acabar com essa maldade
De se ensinar aos nossos filhos, o quanto custa a liberdade
Viva Zumbi nosso rei negro que fez-se herói lá em Palmares
Viva a cultura desse povo a liberdade verdadeira
Que já corria nos Quilombos e já jogava capoeira
Iê viva Zumbi...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Noite Sem Lua

Noite Sem Lua

Era uma noite sem lua,
Era uma noite sem lua,
Era uma noite sem lua
Era uma noite sem lua e eu tava sozinho
Fazendo do meu caminhar o meu próprio caminho
Sentindo o aroma das rosas e a dor dos espinhos

(refrão)

De repente apesar do escuro eu pude saber
Que havia alguém me espreitando sem que nem porque
Era hora de luta e de morte, é matar ou morrer

(refrão)

A navalha passou me cortando era quase um carinho
Meu sangue misturou-se ao pó e as pedras do caminho
Era hora de pedir o axé do meu orixá
E partir para o jogo da morte é perder ou ganhar

(refrão)

Dei o bote certeiro da cobra alguém me guiou
Meia lua bem dada é a morte
E a luta acabou

(refrão)

Eu segui pela noite sem lua
Histórias na algibeira
Não é fácil acabar com a sorte de um bom capoeira

(refrão)

Se você não acredita me espere num outro caminho
E prepara bem sua navalha
Eu não ando sozinho